Crasso - e o erro que o imortalizou

É da natureza humana a busca por reconhecimento e glória. Homens, na maioria das vezes, buscam 'alianças' para poderem se fortificar e aprender mais com seus erros atráves de conselhos e bons exemplos. Na Roma antiga, o Triunvirato foi um governo formado por três representantes. Existe o termo Troika, usado também para simbolizar uma aliança de três países, como foi a Rússia – União Européia – EUA. No Brasil essa representação se dá por meio de alianças entre partidos.



Júlio César (cônsul que fora eleito por volta de 50a.C), Pompeu (grande general - aclamado por suas conquistas) e Crasso era reconhecido como o homem mais rico de Roma. Os motivos dessa união era de puro interesse, onde Pompeu precisava de terras para distribuir a suas Legiões veteranas de combate, Crasso queria apoio para uma guerra contra os Persas e Julio César apoio para combater os Gauleses ao norte.

Marco Licínio Crasso era o homem mais rico de Roma e teve alguns feitos heróicos, como ter liderado a batalha de rendição de Espártaco - revolução dos escravos. Ao contrário de Júlio César e de Pompeu, Crasso ansiava por glórias militares e decidiu invadir o Reino Parta - entrada para o Oriente, sem o consentimento do Senado.

Eis alguns de seus equívocos:

Parcerias - O rei Artavardes II da Armênia pôs à disposição de Crasso seu terrítório para que ele fizesse a invasão, porém tal oferta foi rejeitada.
Mentiras e boatos sobre a fragilidade do povo parta e sobre sua suposta desorganização, levaram Crasso a sequer planejar sua investida.
Território - sem um estudo prévio sobre o território a ser invadido, Crasso levou seu exército para as partes mais hóstis do deserto onde não havia sequer água.
Conselhos - seu filho Públios o aconselhara a fazer sua investida pela parte da manhã, pois assim seu exército estaria descansado e com a mente mais ativa. Sequer foi ouvido.
Mobilidade e quantidade numérica -  o aspirante Crasso confiou demais na superioridade numérica de seu exército e abandonou velhas táticas romanas. Suas tropas carregavam muito peso e não tinham agilidade de locomoção naquele cenário.

Marco Licínio Crasso, em busca de status, vitórias militares e conquistas de novos territórios acabou massacrando um grande número de soldados que acabaram lutando sem ter nenhuma liderança à sua frente. Devido a uma ansiedade mórbida, falta de instrução, negligência no estudo e na busca de alianças, foram na média de 20 mil baixas de seu soldo e mais de 10 mil homens capturados e trucidados devido a uma baixa eficiência por parte de Crasso.



Uma questão que fica é a seguinte: fazer investidas às escuras do resto de uma organização, utilização de meias-verdades, não dar ouvidos a pessoas mais experientes, são questões que hoje as empresas enfrentam ainda e não notam que em nossa história temos maus exemplos desse tipo de estratégia. Citamos também Napoleão, Hitler entre outros que parece que não sabiam da, já existência, do clássico Guia de Estratégias - O livro dos Cinco Anéis de Miyamoto Musashi e da Arte da Guerra de Sun Tzu datado de séculos atrás. Segue na sequência um trecho da falha de Marco Licínio Crasso:

"Confiou demais na superioridade numérica de suas tropas, abandonou as tradicionais táticas militares romanas e, na ânsia de chegar logo ao inimigo, atacou cortando caminho por um vale estreito, de pouca visibilidade. As saídas do vale, então, foram ocupadas pelos partos e o exército romano foi dizimado. Estes equívocos passaram à história através da expressão erro crasso, que remete a uma falha grosseira de planejamento com consequências trágicas".

Fontes:
http://www.infoescola.com/historia/o-primeiro-triunvirato-de-roma/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_triunvirato

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